sábado, 4 de junho de 2011

Divulgando vídeos

Vídeo de Telma Lavôr

Colegas que divulgaram meu vídeo

Icaro Meneses
Beatriz Gurgel
Lara Milena
Tayná Almeida
Karol Tavares

Divulgando vídeos

Vídeo de Beatriz Gurgel
Vídeo de Lara

Divulgando vídeos

Vídeo de Tayná Almeida
Vídeo de Karoline Tavares
Vídeo de Icaro Meneses

Vídeo legendado - Tarefa 06

Entrevista - Tarefa 01

Entrevistada: Germanna Lima Righetto
Formação: Bióloga formada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp);
Instituição: Desenvolvo minha pós-graduação pela Unicamp com o apoio do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) e do Centro Infantil Boldrini;
Campo de estudo: Biologia Molecular, relacionando alterações gênicas e diferentes tipos de leucemia.

1.    O que a levou a estudar esse assunto?
Meu interesse sobre os mecanismos celulares e genéticos que levam ao câncer vem desde meu ensino médio, das leituras sobre as descobertas da ciência sobre o assunto. Durante a faculdade o interesse foi se avolumando e acabei por procurar um grupo de pesquisa que seguisse essa linha.

2.    Quando percebeu ter afinidade por esse assunto e decidiu estudá-lo?
Minha afinidade foi confirmada quando dei entrada nesse grupo de pesquisa (residente no CNPEM). A escolha do projeto que venho desenvolvendo ocorreu através de um pós-graduando, responsável por me apresentar o projeto que gostaria de desenvolver. Após a leitura de suas referências para o trabalho e de outros artigos científicos acabei por aderir ao projeto dele, ao qual dou continuidade na minha pós-graduação.

3.    Qual a contribuição do seu estudo para a ciência?
Como pesquisa básica meu projeto tem como contribuição aumentar o conhecimento sobre mecanismos específicos que estão sendo relacionados ao câncer. Futuramente, e dependendo dos resultados obtidos, nossas respostas poderão auxiliar no estudo e escolha de novas vias de intervenção durante o tratamento de diversos tipos de câncer.

4.    Quais as expectativas em cima de sua pesquisa?
Minha maior expectativa é conseguir traçar um panorama celular que envolva os genes que estudamos (e suas respectivas proteínas) com a progressão da leucemia ou com um desbalanço homeostático que leve ao câncer ou a sua progressão.

5.    Falar um pouco a respeito do quem vem pesquisando.                                  
Meu objeto de estudo são 4 genes envolvidos no splicing alternativo. O splicing é um mecanismo celular que permite a formação de proteínas diferentes a partir de um mesmo gene, através da exclusão ou inclusão de certos exons.
Pretendemos analisar como esses 4 genes, sendo eles um fator de splicing e 3 enzimas que o ativam,  podem contribuir para o surgimento ou progressão do câncer. Para isso tentaremos traçar um panorama de interação desses genes com os demais e também avaliar o comportamento dessas proteínas na manutenção da homeostase celular.

FICHAMENTO 01

VIEIRA, Grasiele de Sousa et al. ANÁLISE DE DNA EM ODONTOLOGIA FORENSE. Arquivo Brasileiro de Odontologia, São Paulo, n. , p.64-70, 2000. Disponível em:<http://periodicos.pucminas.br/index.php/Arquivobrasileirodontologia/article/viewFile/1547/1650>. Acesso em: 02 jun. 2011.
ANÁLISE DE DNA EM ODONTOLOGIA FORENSE
A análise de DNA contribui de forma importantíssima nos processos de identificação humana, principalmente nos casos em que as impressões digitais, exames de arcos
dentários e exames antropométricos são inviáveis de serem realizados, devido à decomposição, fragmentação, incineração ou inexistência de dados comparativos antemortem. Existem análises do DNA utilizadas para identificação humana odontolegal através da saliva e polpa dentária. Neste caso, as informações genéticas estão armazenadas sob a forma de ácidos nucléicos. O DNA contém o gene enquanto que o RNA serve como agente intermediário na atividade do gene. O RNA mensageiro (mRNA) é transcrito a partir do DNA e traduzido em seqüências de aminoácidos que formam as proteínas2. O DNA pode ser extraído de amostras de sangue, esfregaços bucais, saliva, osso, dente, tecidos, órgãos, fios de cabelo, sêmen, urina, entre outros materiais biológicos. Ele pode ser encontrado nos cromossomos do núcleo (DNA genômico) e nas mitocôndrias (DNA mitocondrial). Os cromossomos são filamentos espiralados de cromatina existente no suco nuclear de todas as células. Cada cromossomo é formado por uma única molécula de DNA com vários milhões de pares de bases. A análise do DNA mitocondrial para fins forenses fica reservada para tecidos antigos como ossos, cabelos, dentes e em grandes desastres (incêndios, explosões, queda de aviões) nos quais o DNA nuclear já não oferece maiscondições de análise. O DNA mitocondrial apresenta características únicas que o tornam uma fonte de informação para os estudos forenses: possui alta taxa de mutação7 e apresenta herança uniparental. A mitocôndria paterna quando presente no citoplasma do ovócito é rapidamente marcada para ubiquitinação e imediatamente degradada na grande maioria das vezes8,9 a ausência de recombinação (genoma haplóide) permite que as mutações sejam acumuladas de maneira cronológica (seqüencial) na molécula de DNA mitocondrial; o grande número de cópias do DNA mitocondrial em cada célula humana facilita sua obtenção para as análises genéticas, e finalmente o DNA mitocondrial é mais resistente á degradação que o DNA nuclear.Análise Forense do DNA. Percebe-se assim a cobrança da sociedade e a preocupação do Estado em respaldarlegalmente a utilização do DNA para tal fim. Destaca-se o Projeto de Lei PL 417/2003, alterando o artigo 1o da lei 10.054 de 07/12/2000, que insere o DNA para a identificação criminal10. A importância da Odontologia Legal para a identificação humana, principalmente em casos nos quais pouco resta para se proceder a essa identificação (incêndios, explosões, corpos em decomposição ou esqueletizados), levou os odontolegistas, a se familiarizarem com as novas tecnologias da biologia molecular. O DNA genômico é encontrado no núcleo de cada célula do corpo humano e representa uma fonte de DNA para a maioria das aplicações forenses. Sua molécula é linear. Neste DNA estão localizados os genes, depositários das informações genéticas responsáveis pelas atividades da célula. Praticamente todo mtDNA de um indivíduo apresenta a mesma seqüência, devidoo seu caráter monoclonal, porém uma condição chamada de heteroplastia pode existir. Isto devido ao fato que uma mesma pessoa pode apresentar mais de um tipo de mtDNA. Logo a análise de fios de cabelo pode demonstrar resultados diferentes ou ambíguos. No Brasil, até março de 2004, tramitavam na Câmara Federal, trinta e um projetos de lei relacionando o papel do exame de DNA para fins de identificação humana. Percebe-se assim a cobrança da sociedade e a preocupação do Estado em respaldar legalmente a utilização do DNA para tal fim.E a mesma norma diz em seu art. 63, parágrafo único: A atuação da Odontologia Legal restringe-se a análise, perícia e avaliação de eventos relacionados com a área de competência do cirurgião-dentista podendo se as circunstâncias o exigir, estender-se a outras áreas, se disso depender à busca da verdade, no estrito interesse da justiça e da administração. Assim, constata-se que o Odontolegista é um profissional que possui um papel fundamental em vários casos de identificação humana. Nos dias atuais muitos casos de identificação necessitam de uma abordagem multidisciplinar, porque existe a ausência ou falta de material padrão para ser comparado ou por existir a presença de mais de um tipo de evidência para ser examinada. O tecido dental é reconhecido como uma fonte rica de DNA para uso em casos de identificação humana. As análises de DNA de polpa e folículo dentário também são utilizadas em outros casos forenses como, por exemplo, para reconstruir os eventos em casos cujo corpo da vítima foi retirado da cena do crime e incinerado15. Os dentes têm uma importância fundamental na identificação humana por possuir extraordinária resistência a putrefação e aos efeitos externos (físicos - traumatismos, calor, químicos e biológicos), mais que qualquer outro tecido humano, preservando assim a identidade genética individual16. Na prática forense, o dente tem sido priorizado para análises genéticas devido ao fato da cavidade pulpar, que se constitui em arcabouço formado pelas paredes entre esmalte, dentina e cementopropiciar o meio estável para o DNA; ou seja, seus componentes celulares são providos de eficiente proteção contra agressões do meio ambiente.

FICHAMENTO 02

MOREIRA, Lília MA; EL-HANI, Charbel N  and  GUSMAO, Fábio AF. A síndrome de Down e sua patogênese: considerações sobre o determinismo genético. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2000, vol.22, n.2, pp. 96-99. ISSN 1516-4446.  doi: 10.1590/S1516-44462000000200011.
A síndrome de Down e sua patogênese: considerações sobre o determinismo genético
A síndrome de Down é uma condição genética, reconhecida há mais de um século por John Langdon Down,¹ que constitui uma das causas mais freqüentes de deficiência mental (DM). Além do atraso no desenvolvimento, outros problemas de saúde podem ocorrer no portador da síndrome de Down: cardiopatia congênita (40%); hipotonia (100%); problemas de audição(50 a 70%); de visão (15 a 50%); alterações na coluna cervical (1 a 10%); distúrbios da tireóide (15%); problemas neurológicos (5 a 10%); obesidade e envelhecimento precoce.². Tratamentos e terapias, em especial a estimulação precoce com fisioterapia e fonoterapia, mostram uma inequívoca contribuição para melhor desenvolvimento e desempenho social do portador da síndrome de Down. A melhor capacidade cognitiva tem sido atribuída ao mosaicismo cromossômico, além de outros fatores como o conjunto genético do indivíduo e a influência de fatores epigenéticos e ambientais. A trissomia da banda cromossômica 21q22, referente a 1/3 desse cromossomo, tem sido relacionada às características da síndrome. O referido segmento cromossômico apresenta, nos indivíduos afetados, as bandas características da eucromatina correspondente a genes estruturais e seus produtos em dose tripla. Padrões alterados em diferentes processos morfogenéticos e funcionais podem ser conseqüência primária ou secundária da presença extra de genes. Shapiro considera a síndrome de Down um modelo de disrupção da homeostasia gênica e afirma que esse distúrbio afeta não apenas os produtos do cromossomo trissômico, mas também os de outros cromossomos.. O autor afirma ainda que fatores estocásticos (por exemplo, o tempo e local em que as células se dividem e adireção de sua migração) introduzem elementos de casualidade no desenvolvimento, em interação com fatores ambientais. O Comitê da Organização Mundial da Saúde enfatiza a importância dos procedimentos de intervenção precoce no desenvolvimento da criança com síndrome de Down e outras deficiências. Mantoan27 observa que a psicopedagogia tem avançado no sentido de estimular na pessoa com deficiência mental o desenvolvimento da consciência metacognitiva, isto é, o conhecimento pela pessoa do funcionamento de seu pensamento e a utilização desse conhecimento para controlar seus processos mentais.

FICHAMENTO 03

GOMES, Gabriela Estevam et al. Tratamento odontológico em paciente com trissomia do cromossomo 9: relato de caso. Revista da Faculdade de Odontologia, Passo Fundo, n. , p.69-72, 16 maio 2006. Disponível em: <http://www.upf.tche.br/seer/index.php/rfo/article/viewFile/1108/633>. Acesso em: 02 jun. 2011.
Tratamento odontológico em paciente com trissomia do cromossomo 9: relato de caso
A trissomia do cromossomo 9 é uma condição genética rara, que apresenta como principais carac­terísticas microcefalia, assimetria facial, cabelos finos, pescoço curto, hipertelorismo, assimetria das mãos, pés e mãos cianóticos, unhas displásicas, anomalias car­díacas, hipoplasia de esmalte, fen­da palatina e micrognatia. Foi pri­meiramente descrita por Jérome Leujene em 1970. De acordo com Gorlin et al.5 (1989), o sexo feminino é duas vezes mais acometido que o masculino. A trissomia pode ser completa ou parcial. Nos casos de trissomia comple­ta do cromossomo 9, o feto rara­mente sobrevive e os abortos ocor­rem, geralmente, da 8ª à 14ª sema­na de gestação. Já nos casos de trissomia parcial o risco de aborto é diminuído. Na trissomia parcial ou mosaicismo, ao nascerem, os indivíduos apresentam características como microcefalia ou dolicocefalia, assimetria facial, couro cabeludo com implantação baixa, cabelos finos, pescoço curto ou alado, hipertelorismo, pálpebras arqueadas e estrabismo. Na cavidade bucal, as caracte­rísticas relatadas são hipoplasia de esmalte, fenda palatina e labial, ângulos dos lábios inclinados para baixo, micrognatia, arco palatino elevado, microstomia, protrusão do lábio superior, protrusão da língua e filtro labial curto. Paciente feminino, leucoderma, com dez anos de idade, cuja mãe relatou que a mesma apresentava trissomia parcial do cromossomo 9, diag­nosticada por meio de cariótipo. Ao exame físico extrabucal, observaram-se assi­metria facial, cabelos finos, hipertelorismo, estrabis­mo, pavilhões auriculares com implantação baixa, mi­crognatia acentuada, ângulos labiais inclinados para baixo e assimetria das mãos. Foram constatados também retardo mental e dificul­dade de andar e falar. Por meio do exame físico intrabucal diagnostica­ram-se lesões de cárie no incisivo central superior es­querdo e manchas brancas ativas nas faces vestibula­res dos dentes anteriores inferiores. Realizaram-se radiografia panorâmica e telerra­diografia lateral; na incidência panorâmica verificou-se ausência de anomalias dentais de forma, tamanho e númer. Na telerradiografia observaram-se a presença de severa micrognatia e predomínio do crescimento da face no sentido vertical O tratamento odontológico foi realizado em ambien­te ambulatorial, com a utilização de técnicas rotineiras de manejo comportamental, tais como falar-mostrar-fazer, reforço positivo e premiação, pois a criança se apresentava, inicialmente, resistente ao tratamento. A paciente apresentava lesões ativas de cá­rie, demonstradas pela presença de manchas brancas na face vestibular dos incisivos inferiores. Assim, fo­ram realizadas quatro sessões de profilaxia, aplicação de clorexidina e aplicação tópica de flúor fosfato aci­dulado a 1,23%. Foi aplicado selante na face oclusal do dente 84 e dos primeiros molares permanentes, além da realização de restauração de resina composta na face vestibular do dente 21. Foram marcadas sessões periódicas de con­trole (bimestrais), durante as quais será realizada profilaxia dental, aplicação de clorexidina e aplicação tópica de flúor. Os retornos freqüentes evitarão que a paciente se desabitue do tratamen­to odontológico e necessite de novo processo de adaptação. Este relato de caso apresenta uma paciente com trissomia parcial do cromossomo 9 cujas característi­cas coincidem com as descritas por Gorlin et al. (1989). Murta e Vargas (2001) descre­veram a presença de fenda palati­na e labial, arco palatino elevado e microstomia nos pacientes com trissomia do cromossomo 9, o que não se observa nesse caso. Na paciente estudada, a mi­crognatia severa reduz o espaço disponível para acomodação da língua, resultando na protrusão da mesma. Além de distúrbios de oclusão, dicção e mastigação. Segundo Cobourne et al. (1996) e Jimenez et al. (2001), o tratamento odontológico desses pacientes é realizado em ambiente hospitalar e sob anestesia geral. No caso apresentado, o tratamento foi ambulatorial, após o emprego de técnicas de manejo comportamen­tal e com o auxílio dos pais, dimi­nuindo os riscos da anestesia geral e evitando fatores relacionados à internação hospitalar. É im­portante que os profissionais da saúde, ao se depararem com pa­cientes portadores dessa anomalia, divulguem seus achados à comu­nidade científica com o objetivo de tornar o atendimento odontológico aos portadores da síndrome mais qualificado e específico.

FICHAMENTO 04

BOY, Raquel et al. SÍNDROME DO X FRÁGIL: Estudo caso-controle envolvendo pacientes pré e pós-puberais com diagnóstico confirmado por análise molecular. Arquivo Neuropsiquiatira, Rio de Janeiro, n. , p.83-88, 20 out. 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/anp/v59n1/v59n1a16.pdf>. Acesso em: 02 jun. 2011.
SÍNDROME DO X FRÁGIL: Estudo caso-controle envolvendo pacientes pré e pós-puberais com diagnóstico confirmado por análise molecular
A síndrome do X frágil é a causa mais frequente de retardo mental herdado, com uma incidência estimada de 1/4.000 em homens e 1/6.000 em mulheres1, e, é causada por uma expansão de trinucleotídeos CGG no primeiro exon do gene FMR-1, localizado na região Xq27.3 no cromossomo X. Na população normal, o número de repetições CGG é polimórfico e varia de 6-547. Estudos acerca da pré-seleção clínica dos indivíduos portadores de retardo mental para a investigação molecular da síndrome do X frágil , têm mostrado aumento na positividade do teste. O relato de casos familiares de retardo mental compatíveis com herança ligada ao cromossomo X foi observado em 100% dos pacientes com a síndrome do X frágil. Este padrão de segregação, único para uma condição ligada ao cromossomo X, torna obrigatória a triagem dos familiares. A ocorrência de retardo mental em diversos graus é devida a inativação da transcrição do gene FMR-1, expressado, de forma variável, nos tecidos fetais e adultos, especialmente no cérebro (hipocampo e camada granular do cerebelo) e testículos22 nos pacientes do gênero masculino. O estudo molecular estendeu-se às famílias dos pacientes portadores da mutação completa, sendo detectados até o momento, 9 mulheres pré-mutadas, e 1 mutada não portadora de retardo mental. Nesta última justificado pelo padrão preferencial de inativação do cromossomo X mutado. 2-Contato ocular pobre .definido como desviaros olhos ao olhar do examinador também foi observado em todos os pacientes portadores da síndromeEm 100% destes pacientes foram observados também a ocorrência de orelhas grandes, flacidez ligamentar e transtornos de linguagem, que, apesar de terem sido também observadas em percentuais menores no grupo controle, poderão ser utilizados como auxílio no reconhecimento clínico. Alterações no desenvolvimento da linguagem e fala são descritas em outras patologias, como na síndrome de Down e no autismo; no entanto, a complexidade estrutural da elocução nos portadores da síndrome do X frágil parece ser semelhante ao observado em crianças normais24.A identificação de indivíduos afetados é importante para o aconselhamento genético familiar de membros sob risco de serem portadores da pré-mutação, considerando medidas de prevenção secundária (diagnóstico pré-natal). E, em termos de saúde pública, tem-se demonstrado a diminuição de custos institucionaise, com o aconselhamento genético, a consequente queda na incidência da doença.

FICHAMENTO 05

MANIGLIA, Luciano Pereira et al. Rastreamento da mutação mitocondrial A1555G em pacientes com deficiência auditiva sensorioneural. Rev. Bras. Otorrinolaringol. [online]. 2008, vol.74, n.5, pp. 731-736. ISSN 0034-7299.  doi: 10.1590/S0034-72992008000500015.
Rastreamento da mutação mitocondrial A1555G em pacientes com deficiência auditiva sensorioneural
Existem três formas identificáveis de padrão de herança para a deficiência auditiva hereditária: autossômica recessiva, autossômica dominante e ligada ao cromossomo X. Cerca de 75% a 85% dos casos de deficiência auditiva pré-lingual não-sindrômica manifestam-se como formas autossômicas recessivas. Formas autossômicas dominantes correspondem a cerca de 15% a 25% dos casos e os restantes 1% a 3%, são heranças mendelianas ligadas ao cromossomo X. Mutações mitocondriais, especialmente nos genes 12S rRNA e tRNASer(UCN), são causas importantes de deficiência auditiva sensorioneural não-sindrômica, em algumas populações5. Dentre todas essas mutações, uma substituição de bases nitrogenadas A->G, na posição 1555 no gene 12S rRNA do DNA mitocondrial, é de particular interesse como a principal causa de deficiência auditiva relacionada ao uso de antibióticos aminoglicosídeos. Vários estudos têm proposto que a mutação A1555G, pela substituição das bases nitrogenadas, cria um novo par de bases C-G tornando, a estrutura secundária do gene 12S rRNA humano, estritamente semelhante à região correspondente do gene 16S rRNA da E. coli sendo, essa, referida como a região decodificante do rRNA bacteriano e um importante local de ação dos antibióticos aminoglicosídeos6,7. Sendo assim, a ligação de aminoglicosídeos à região decodificante resulta em erros na tradução protéica com concomitante morte bacteriana e, quando há a mutação, geralmente em homoplasmia, pelas alterações no gene 12S rRNA humano, que o tornam de estrutura semelhante ao rRNA bacteriano, ocorre também a ligação dos aminoglicosídeos no DNA mitocondrial das células cocleares, potencializando seu efeito tóxico na orelha interna, ocasionando deficiência auditiva. Em contraste as mutações mitocondriais sindrômicas que, usualmente, afetam somente uma fração de todas as moléculas do DNA mitocondrial (heteroplasmia), as mutações associadas à deficiência auditiva sensorioneural não-sindrômica são, freqüentemente, homoplásmicas e o fenótipo difere consideravelmente entre membros de uma mesma família, variando de grau profundo à audição completamente normal. Vários fatores, tais como genes nucleares, haplótipos do DNA mitocondrial, fatores ambientais ou efeitos tecido-específicos atuam independentemente ou em combinação, podendo influenciar a expressão clínica, mas estudos não têm identificado genes modificadores nucleares ou correlação entre a mutação e haplótipos mitocondriais. O único fator ambiental conhecido em afetar a mutação A1555G é o grupo de antibióticos aminoglicosídeos. Entretanto, tem sido interessante observar que a freqüência de genes e mutações que ocasionam deficiência auditiva tem variado, significantemente, entre as populações. A mutação 35delG, no gene da Cx26, por exemplo, tem uma alta prevalência entre surdos de origem européia enquanto é praticamente ausente em japoneses, coreanos ou mongolianos. Do mesmo modo, a freqüência de mutações mitocondriais também difere entre as diversas populações, sendo a mutação A1555G encontrada, principalmente, em pacientes com deficiência auditiva de transmissão materna, embora tem sido identificada, esporadicamente, em pacientes com herança autossômica recessiva. No Brasil foi realizado um único estudo em 5 famílias com casos de deficiência auditiva, no qual foi determinada a prevalência de 2% (4 casos) da mutação. Desses casos positivos, apenas 1 estava associado a uma suposta exposição aos aminoglicosídeos e não foi encontrada a mutação no grupo controle constituído por afro-brasileiros, "brancos" e de origem asiática (japoneses ou chineses). Muitas mutações podem contribuir para a deficiência auditiva e a mutação mitocondrial A1555G, relacionada ao uso de antibióticos aminoglicosídeos, pode ser apenas uma delas17,30. A identificação de causas subjacentes da deficiência auditiva ocasionada por exposição aos aminoglicosídeos é fundamental para auxiliar na terapêutica, principalmente em UTI neonatal, além de propiciar o aconselhamento genético e reabilitação precoce, permitindo a inclusão ou re-inclusão destes pacientes em suas atividades sociais e profissionais.

FICHAMENTO 06

SIMPSON, Andrew J.g.; CABALLERO, Otávia L.. Projeto Genoma Humano e suas implicações para a saúde humana: visão geral e contribuição brasileira para o projeto. Bioética, São Paulo, v. 8, n. 1, p.89-96, 2000.

Projeto Genoma Humano e suas implicações para a saúde humana: visão geral e contribuição brasileira para o projeto
O termo genoma refere-se ao conjunto completo de genes e cromossomos de um organismo. O mapeamento, sequenciamento e análise dos genomas é chamado de genômica. A análise do genoma pode ser dividida em genômica estrutural e funcional. A genômica estrutural é a fase inicial que tem o objetivo da construção de mapas genéticos, físicos e de transcrição de um organismo. A genômica funcional, que se baseia na expressão gênica, usando as informações geradas pela genômica estrutural, leva à completa caracterização do padrão de expressão do conjunto completo dos genes, assim como à investigação sistemática das propriedades funcionais desse conjunto de genes.Apenas 1,1 a 1,4% do genoma realmente codifica proteínas, sendo que75% do DNA se situa entre os genes. As conseqüências para a prática da medicina
deverão ser profundas, tais como a geração demedidas que possam prever o risco, permitir odiagnóstico precoce e promover estratégias detratamento mais efetivas.O estudo da variação genética humana, particularmente a distribuição dos polimorfismos em únicos nucleotídeos entre pacientes afetados e não-afetados por determinadas doenças, vai prover informações valiosas sobre a contribuição do componente genético do paciente a doenças como câncer, diabetes ou doenças mentais.A farmacogenômica envolve a aplicação de tecnologias como o seqüenciamento de DNA, análise da expressão gênica e estatística em pesquisas e testes clínicos de drogas.Terapia gênica se refere à transferência terapêutica de genes para células e tecidos in vivo. Suas potenciais aplicações clínicas são inúmerase se baseiam na capacidade de alteração do
"background" genético do paciente. Váriasdoenças genéticas humanas que resultam deuma lesão em um único gene têm sido propostascomo candidatas à terapia gênica. Os vetores mais comuns usados até o momento incluem adenovírus e retrovírus, mas o estágio de desenvolvimento dessa metodologia ainda não permite que essa técnica seja amplamente aplicada principalmente por causa da eficiência da transdução e da regulação da expressão gênica após a transdução. Eventos genéticos críticos e específicos envolvendooncogenes, genes supressores de tumor e enzimas de reparo do DNA têm sido caracterizados em muitos tumores. Essas alterações moleculares, específicas das células tumorais, podem ser exploradas tanto para a detecção como para o tratamento do câncer.

FICHAMENTO 07

ZATZ, Mayana. PROJETO GENOMA HUMANO E ÉTICA. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, n. , p.47-52, 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/spp/v14n3/9771.pdf>. Acesso em: 02 jun. 2011.
PROJETO GENOMA HUMANO E ÉTICA
O projeto genoma humano (PGH) tem como objetivo identificar todos os genes responsáveis por nossas características normais e patológicas. As novas tecnologias que vêm sendo introduzidas permitirão, em pouco tempo, a identificação de centenas de genes "patológicos" em uma única reação. A influência genética em doenças psiquiátricas, tais como a doença do humor (ou psicose maníaco-depressiva), a esquizofrenia ou o alcoolismo, já é amplamente aceita (Alper e Natowicz, 1993; Mallet et alii, 1994). Em uma genealogia extensa da Holanda (Brunner et alii, 1993) identificaram, em indivíduos com comportamento agressivo e anti-social, uma mutação recessiva em um gene do cromossomo X (e que portanto só afeta indivíduos do sexo masculino). Essa mutação causa a deficiência de uma enzima, a momoamina oxidase A ou MAOA (responsável pelo metabolismo da dopamina, serotonina e noradrenalina). Felizmente, essa deficiência parece ser rara. Entretanto, outros estudos realizados em gêmeos (LaBuda et alii, 1993) sugerem que a delinqüência juvenil possa ter pouca influência genética, mas a delinqüência que persiste na idade adulta teria um componente genético importante. Outros trabalhos muito polêmicos sugerem que o homossexualismo masculino (Hu et alii, 1995), o "bom-humor" e o otimismo também teriam influências genéticas. Segundo os autores, os genes do "bom humor", por exemplo, atuariam no metabolismo das dopaminas ou serotoninas (Hamer, 1996). A possibilidade de se determinar o sexo de embriões antes da sua implantação (diagnóstico pré-implantação na fertilização "in vitro") para casais com risco de doenças genéticas que só afetam o sexo masculino (como a hemofilia ou a distrofia de Duchenne) evitaria o diagnóstico pré-natal e o sofrimento de ter de interromper uma gestação no caso de fetos portadores. Já no caso de doenças genéticas, a identificação de genes deletérios é fundamental para o diagnóstico diferencial de doenças clinicamente semelhantes, para a prevenção (pela identificação de portadores com risco de virem a ter filhos afetados e por diagnóstico pré-natal) e para futuros tratamentos. Em doenças como a Coreia de Huntington (CH) ou a Distrofia Miotônica de Steinert (DMS), os portadores, além de manifestar a patologia, têm um risco de 50% de vir a transmitir o gene defeituoso para a sua descendência. Na CH [causada por uma expansão do número de repetições (CAG)n no gene huntingtina (Kremer et alii, 1994)] o quadro clínico geralmente tem início após a quarta ou quinta década, e leva a uma demência progressiva e irreversível. Na DMS [causada por uma expansão de repetições (CTG)n no gene da proteína-quinase da distrofia miotônica (Brook et alii, 1992)] a situação é um pouco diferente, pois o quadro clínico é muito variável. Indivíduos portadores do gene podem ter como único sinal clínico uma calvície precoce ou catarata em idade avançada, enquanto no outro extremo existem aqueles que apresentam um quadro grave, com início na infância, manifestado por: retardo mental, desenvolvimento, fraqueza e degeneração muscular e esterilidade no sexo masculino. A forma clássica, a mais comum, tem início em geral na idade adulta. Após inúmeras discussões éticas internacionais a respeito, o consenso foi não realizar testes pré-sintomáticos em crianças, com risco para doenças genéticas de manifestação tardia, para as quais ainda não há tratamento. O argumento mais forte é que ao testar crianças assintomáticas estaremos negando-lhes o direito de decidir, quando adultas, se querem ou não ser testadas. Os avanços na tecnologia da biologia molecular têm sido tão rápidos que o número de testes genéticos disponíveis, tanto para características normais como patológicas, estão aumentando dia a dia. Enquanto as questões éticas estão sendo debatidas no âmbito acadêmico, os laboratórios estão disputando a possibilidade de desenvolver e aplicar testes de DNA, pois do ponto de vista comercial os interesses são enormes.



FICHAMENTO 08

PINTO, Leonardo A.; STEIN, Renato T.; KABESCH, Michael. O impacto da genética na asma infantil. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, n. , p.S68-S75, 2008.
O impacto da genética na asma infantil
A asma é de natureza hereditária, mas a hereditariedade da doença não segue os padrões mendelianos clássicos. Diversos estudos de famílias evidenciam um forte padrão de agregação familiar no caso da asma, mas a genética da doença é especialmente complicada por sua natureza poligênica e pela interação entre fatores genéticos e ambientai. Esse tipo de estudo permite o cálculo da heritabilidade (h2) da asma. Na genética, a heritabilidade é a proporção da variação fenotípica em uma população que pode ser atribuída à variação genética7. Apesar de podermos estimar até que ponto a susceptibilidade genética contribui para o risco de asma, ainda demorará muito para que os loci específicos que influenciam os fenótipos clínicos sejam identificados. As vantagens desse tipo de estudo incluem a capacidade de detectar genes de susceptibilidade e sua aplicabilidade a populações gerais. Esta abordagem é poderosa se, e apenas se, o candidato selecionado para o estudo está claramente envolvido na patogênese da doença16. Hoje se reconhece que os resultados de estudos de polimorfismos podem ser enganosos, especialmente devido ao desequilíbrio de ligação (linkage disequilibrium). Assim, a abordagem dos genes candidatos precisa incluir a análise simultânea de múltiplas variantes. Com isto em mente, a correção para comparações múltiplas ou a replicação em diferentes amostras populacionais e/ou a análise funcional são exigidas para que se possa definir causalidade nestes estudos de associação. O objetivo deste banco de dados é permitir que os pesquisadores identifiquem rapidamente polimorfismos clinicamente relevantes a partir de um grande volume de variações genéticas no contexto de uma nomenclatura padronizada para genes e polimorfismos (números). Diferentes loci polimórficos deste gene estão associados ao diagnóstico de asma, à asma noturna, a exacerbações da asma e à resposta a beta-2 agonistas no tratamento da asma. O HLA-DQB1, que pertence às cadeias beta do antígenodo leucócito humano (HLA), é um heterodímero que consiste de uma cadeia alfa (DQA) e uma beta (DQB), ambas ancoradas na membrana. O HLA DQB1 tem um papel crucial no sistema imunológico, pois apresenta peptídeos derivados de proteínas extracelulares. Dentro da molécula DQ, tanto a cadeia alfa quanto a beta contêm polimorfismos, o que produz quatro moléculas diferentes. O gene do fator de necrose tumoral (TNF) codifica uma citocina pró-inflamatória multifuncional que pertence à superfamília do TNF. Esta citocina é secretada principalmente por macrófagos e está envolvida na regulação de um espectro amplo de processos biológicos que inclui a proliferação, diferenciação e apoptose celular. A proteína secretória das células de Clara (CC16) é uma proteína expressa principalmente no trato respiratório por células secretórias bronquiolares não-ciliadas32. O gene IL4R codifica o receptor IL4, a proteína transmembranal que pode ligar o IL4 e o IL13 para regular a produção de IgE.Aligação do IL13 ou IL4 ao receptor de IL4 (IL4R) induz a resposta inicial para a polarização do linfócito Th2. Ambos IL13 e IL4 são produzidos por células Th2 e são capazes de induzir a comutação de classe isotípica de células B para produzir IgE após exposição ao alérgeno. As variações alélicas nesse gene estão associadas à atopia, uma condição que pode se manifestar como rinite alérgica, asma ou eczema. Este gene codifica um membro da família do domínio de disintegrina e metaloprotease (ADAM). Os membros desta família são proteínas ancoradas em membranas que estão implicadas em diversos processos biológicos, incluindo o desenvolvimento muscular e a neurogênese.

FICHAMENTO 09

MUÑOZ, Miguel Angel et al. Aspectos genéticos e imunológicos da periodontite agressiva. Revista Sul-brasileira de Odontologia, Ponta Grossa, n. , p.90-94, 20 ago. 2009.
Aspectos genéticos e imunológicos da periodontite agressiva
A periodontite agressiva (PA) é uma doença de destruição rápida do periodonto de sustentação que acomete pacientes sistemicamente saudáveis e tende a ter agregação familiar. Fatores genéticos e ambientais estão associados à susceptibilidade do paciente à PA. Alguns polimorfismos têm sido relacionados com a intensidade da reposta do hospedeiro ao biofilme dental. Pacientes com PA contêm níveis elevados de leucócitos periféricos e globulina sérica, enquanto a albumina sérica e a razão albumina/globulina estão diminuídas. A agregação familiar é uma ocorrência comum na PA. A explicação para essa agregação seria a transmissão de polimorfismos genéticos que alteram a susceptibilidade do hospedeiro à doença, exacerbando a resposta inflamatória. Os padrões de transmissão dos genótipos variam de acordo com as diferentes populações, podendo esta ser autossômica dominante em afro-americanos, autossômica recessiva em escandinavos ou dominante ligada ao X .Outra característica típica da PA é a apresentação anormal dos neutrófilos, a primeira linha de defesa do organismo contra agentes estranhos. Diante dos microrganismos do biofilme dental, os neutrófilos liberam quimiocinas, citocinas e moléculas de adesão, as quais promovem o recrutamento de novos neutrófilos e células de defesa, iniciando o processo inflamatório.A PA pode ainda ser subdividida em localizada ou generalizada, de acordo com sua extensão. Para a Academia Americana de Periodontologia (AAP), a forma localizada da doença apresenta forte resposta de anticorpos serosos aos agentes infectantes, ao contrário da generalizada. O biofilme dental é indiscutivelmente o agente etiológico primário da PA. A PA leva a um aumento na concentração sérica de diversas substâncias indicadoras de processo inflamatório, como mediadores químicos e citocinas pró-inflamatórias, além de apresentar resposta de anticorpos aos diferentes periodontopatógenos.Também há que se obser var o caráter autodestrutivo dessa classe de doença periodontal. Por meio de algum mecanismo, a linha de defesa do organismo oferece uma resposta exacerbada a um estímulo externo (biofilme dental) que, ao mesmo tempo em que combate o agente agressor, promove destruição tecidual considerável.Recentemente, demonstrou-se que a transmissibilidade da PA envolve alguns poucos loci, cada um com relativamente poucos efeitos [3].

FICHAMENTO 10

FRIDMAN, Cintia; GREGORIO, Sheila P.; DIAS NETO, Emmanuel  and  OJOPI, Élida P. Benquique. Alterações genéticas na doença de Alzheimer. Rev. psiquiatr. clín. [online]. 2004, vol.31, n.1, pp. 19-25. ISSN 0101-6083.  doi: 10.1590/S0101-60832004000100004.
Alterações genéticas na doença de Alzheimer
“O dramático aumento da longevidade humana,visto ao longo do último século, fez com que um grande número de indivíduos viesse a atingir uma idade crítica para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas. Dentre essas, a doença de Alzheimer (DA) surgiu como a mais importante doença neurodegenerativa da atualidade, atingindo proporções que a colocam com grande importância em termos de saúde pública.
“Dados atuais indicam que uma em cada 10 pessoas maiores de 80 anos deverá ser portadora da DA. Este mesmo índice em maiores de 70 anos de idade é de 1:100, e 1:1000 em maiores de 60 anos (Federação Espanhola de Associações de Familiares de Enfermos de Alzheimer - AFAF). Nos países desenvolvidos, a DA já é a terceira causa de morte, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares e para o câncer.
 “A importância da apoE na DA é grande, e um dos artigos desta revista trata exclusivamente desse tema.Uma das abordagens para a identificação de genes envolvidos com a DA consiste na busca de regiões cromossômicas que sejam constantemente herdadas junto com a doença, o que faz com que essas regiões estejam "ligadas" à doença, carreando genes de efeito causal.”
“Os chamados estudos de associação estabeleceram o envolvimento de algumas regiões genômicas, tais como uma região do braço longo do cromossomo 14 e, por clonagem posicional, um novo gene foi identificado, a PSEN1 - 14q24.3 (Schellenberg et al., 1992; Sherrington et al., 1995).Evidências experimentais sugerem que os efeitos do acúmulo de A podem incluir o excesso de produção de radicais livres e danos peroxidativos de proteínas, lipídeos e outras macromoléculas. Assim, esse acúmulo resultaria em perturbação na membrana plasmática por agregados hidrofóbicos que podem alterar as propriedades funcionais de uma variedade de moléculas da superfície celular. Estudos do efeito do acúmulo de A em cultura postulam que uma das principais conseqüências seja uma alteração homeostática, mais particularmente um excesso de entrada de cálcio nos neurônios, o que poderia contribuir para disfunção e morte neuronal (revisão em Selkoe, 2001).”
“É sabido que a enzima fosfolipase A2 (PLA2) influencia decisivamente o processamento e a secreção da APP. Uma inibição da PLA2 reduz a secreção da APP da membrana, enquanto que uma ativação da PLA2 aumenta a liberação da APP no meio extracelular (Emmerlinget al., 1993). Uma vez que o aumento da secreção da APP diminui a formação do peptídeo -amilóide (Caporasoet al., 1992; Fukushima et al., 1993), pode-se supor que uma redução da PLA2 contribuía para um aumento da produção do peptídeo -amilóide. Essa suposição é apoiada pelos achados de uma correlação entre a diminuição da PLA2 e um número maior de placas senis no cérebro dos pacientes com DA, e pela correlação entre a diminuição da PLA2 e a maior severidade clínica da DA, já que a redução da atividade da enzima foi correlacionada com um início precoce da doença e menor idade ao óbito.”
“Os SNPs (Single NucleotidePolymorphisms) são a forma mais freqüente de variação na seqüência de DNA encontrada no genoma humano (Tailon-Miller et al. 1999) e podem ser definidos como regiões pontuais do DNA, onde a base nucleotídica seja variável na população. Os SNPs vêm ganhando grandepopularidade nos últimos anos como um importante marcador utilizado nas pesquisas de doenças genéticas complexas (Kwok e Gu, 1999). De acordo com modelos teóricos, se forem estudados os genótipos de um grupo de indivíduos portadores de uma determinada doença e os genótipos de um grupo-controle, observaremos que certos genótipos estarão consistentemente associados com aqueles indivíduos afetados, indicando um possível gene candidato para a doença em questão (Kwok e Gu, 1999).”
“Como a maioria do genoma humano parece não ser codificador para proteínas, a pressão evolutiva nessas regiões é reduzida, resultando em maior possibilidade de variação de seqüência, sem prejuízo para o organismo. Como conseqüência, a maioria dos polimorfismos está localizada nessas regiões não codificantes e não estão ligados diretamente com as características fenotípicas mais importantes. Contudo, quando os polimorfismos estão localizados em regiões codificantes, a alteração de um nucleotídeo pode levar a uma variação de aminoácido. Em alguns casos, a alteração de um simples aminoácido pode modificar a proteína, tornando-a mais ou menos ativa, ou ainda abolir completamente a sua função biológica.”
“Esta classe de SNPs que podem alterar a seqüênciaprotéica, os SNPsnão-sinônimos, é particularmente importante, sendo o foco de estudo de uma série de doenças.Diferenças genéticas entre indivíduos têm um papel determinante na suscetibilidade a doenças, assim como na variabilidade de resposta a diferentes drogas.”
 “Desse modo, estudos farmacogenéticos baseados em genes candidatos permitirão melhor desenvolvimento de drogas, melhor triagem clínica e direcionamento do tratamento baseado no genótipo do indivíduo (Ring e Kroetz, 2002; Roses, 2001, 2002).”
 “O achado de SNPs associados à DA permitirá compreensão maior da doença e, eventualmente, poderá possibilitar a adoção de tratamentos mais eficazes com uma redução do custo do tratamento e um melhor acompanhamento dos pacientes.A correta identificação de um grupo importante de genes que se manifesta antes do desenvolvimento da doença é enormemente dificultada pela indisponibilidade de material biológico adequado. Porém, a análise post mortem de cérebros de pacientes com DA tem levado a diversas teorias acerca das causas da patologia, sugerindo que esta doença envolva várias alterações fisiológicas. Uma das formas de se tentar entender a diversidade e a integração dessas alterações é a comparação do perfil de expressão gênica de regiões cerebrais afetadas e não afetadas e comparando-as entre casos e controles. Essa análise pode ser realizada através de técnicas de avaliação da expressão gênica em larga escala, como os microarrays de cDNA, ou a técnica de SAGE (Serial Analysisof Gene Expression).”
“A falta de marcadores moleculares, celulares ou anatômicos quantitativos/qualitativos dificulta o entendimento da neurobiologia da DA. A busca de SNPs ou de genes com padrão de expressão alterado poderia contribuir na elucidação da patogênese da DA, além de identificar genes de suscetibilidade específicos e alvos terapêuticos potenciais.”

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Visita a Apae!

Hoje aconteceu a nossa primeira visita a APAE de Juazeiro do Norte - Ce
Experiência incrível... Aqui estão algumas fotos da nossa turma toda reunida! 



terça-feira, 3 de maio de 2011

Chá para a saúde bucal.

                            Uma dica para quem pretende evitar a dor de dente ou o mau hálito.


Um estudo do microbiologista americano Milton Schiffenbauer, da Universidade Independente Pace, é a chave dessa questão.
Segundo ele, substâncias presentes no chá destroem vírus e bactérias que causam infecções na garganta e problemas dentários como cáries.
A descoberta pode abrir caminho para adicionar elementos do chá em pastas de dente e enxaguadores bucais - ou mesmo recomendar formas adequadas de ingestão desse alimento.
O Dr. Schiffenbauer afirma que o chá verde é o que tem o melhor desempenho no combate aos microorganismos nocivos à higiene bucal. Apesar de controverso, outros estudos, recentemente publicados pelo Journal of Periodontology, afirmam o seu efeito para uma certa amenização dos distúrbios inflamatórios periodontais. 
Em geral, a eficiência preventiva dos chás é maior entre os tipos que contêm cafeína, como o chá preto, considerado a mais popular bebida do planeta - especialmente por conta do flúor disponível e da possibilidade de prevenção das cáries.
Outro estudo, realizado por cientistas da Universidade de Illinois, concluiu que a ação contra o mau hálito do chá se deve à presença, na bebida, de elementos conhecidos como polifenóis.
Testes em laboratórios mostraram que os polifenóis reduzem o ritmo de desenvolvimento das bactérias responsáveis pelo mau hálito. Mas, dentistas alertam que o fato de tomar bastante chá não significa que as pessoas podem relaxar em sua higiene bucal. “Não se deve parar de limpar os dentes com o creme dental convencional, pelo menos, até que haja mais informações a respeito dos benefícios do chá”, diz Ian Douglas, da Escola de Medicina da U. de Sheffield, na Grã-Bretanha.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Mitos e Verdades sobre a escovação dentária.


Se existe uma questão polêmica da odontologia, especialmente sob o ponto de vista clinico e da informação de utilidade pública, é a questão da escovação dentária.

A questão conceitual é a mais preocupante, uma vez que muitas pessoas tratam a escovação como sinônimo de higiene bucal. Isso colabora para o reforço em negligenciar o uso do fio dental ou de outros recursos destinados a higienização dos espaços dentários - caso das escovas interdentais.

Pacientes e meios de comunicação devem entender que só podemos falar em promoção de saúde através da boca, para pacientes que valorizam a limpeza dos espaços entre dentes, tanto quanto a escovação das suas faces livres.

Outra questão a ser revista é a da massagem gengival, cientificamente reconhecida como inoperante e potencialmente traumatizante ao colo dentário exposto e as gengivas que contornam os dentes. Essa simples observação é suficiente para contra- indicar escovas com cerdas plásticas ou emborrachadas, destinadas a esse objetivo de estímulo gengival pela massagem.

Para que uma higiene bucal alcance suas metas, não se deve esquecer da língua. Nesse sentido, os limpadores linguais aparentam maior eficiência do que a oferecida pelas retenções acopladas as cabeças de determinadas es covas dentárias comuns.

Valorizar esses detalhes pode cooperar com a seleção de escovas e recursos de higiene bucal mais eficazes. Isso fará com que a pesquisa recente do MIT, em Boston, confirme as expectativas da grande maioria dos entrevistados que escolheram a escova de dentes, como a maior invenção do homem até o século XX.


Saiba quais são as principais causas do câncer de boca e aprenda a se prevenir.



Em 2010, 580 novos casos de câncer de boca foram diagnosticados em Pernambuco pelo Instituto Nacional de Câncer. Este tipo da doença é o 5º tipo que mais mata entre os homens e o 7º entre as mulheres. As causas mais comuns do seu desenvolvimento são a falta de higiene e as próteses velhas que machucam a boca.

No Recife, o serviço odontológico do Hospital do Câncer oferece, gratuitamente, a prevenção para este tipo de câncer. As dentistas Aurora Karla Vidal e Eliane Revoredo, que trabalham no local, explicam como fazer o auto-exame em casa. “De frente para o espelho, a pessoa deve verificar se há nódulos, lados diferentes, retirar próteses, lavar boca e examinar toda a boca, bochechas, alteração de cor, forma, tamanho e volume”, ensinam as dentistas.

“É muito importante prevenir e observar aquelas alterações de volume, aftas que não cicatrizam. Muitas vezes não é nada sério, mas se for câncer, o cuidado no inicio ajuda no tratamento”, explicou Aurora Vidal. 

Além da falta de higiene e machucados causados por próteses velhas, fumo, bebida alcoólica, sol, vírus, fungos e bactérias estão entre os desencadeadores do câncer de boca. “Se a doença se desenvolve, as consequências podem causar grandes destruições, como a perda de partes da face, orelha, maxilar, nariz e até olhos”, afirmou Eleane Revoredo. De acordo com ela, o paciente ainda pode ter a alimentação prejudicada e a fala alterada.

Peixe: Um alimento para dentes e gengivas saudáveis.

                     Dieta rica em ômega 3 pode ajudar a prevenir a periodontite


Investigadores americanos verificaram que uma dieta rica em ômega 3 – presentes em alguns peixes, marisco e frutas secas, por exemplo – pode auxiliar o controle e a prevenção da periodontite, uma doença inflamatória que atinge os tecidos de suporte do dente, a gengiva, o osso e os ligamentos do dente.

Os tratamentos disponíveis para essa doença consistem no combate à infecção bacteriana. “O tratamento tradicional da doença periodontal tem envolvido principalmente a limpeza dentária e, eventualmente, a associação com antibióticos. Portanto, a terapia dietética, se for eficaz, pode ser mais um método barato e seguro para a sua prevenção e tratamento”, é a opinião de Asghar Naqvi, um dos autores do estudo realizado na Universidade de Harvard.

Além disso, o investigador destaca que “diante das evidências da ação do ômega 3 nas doenças inflamatórias crônicas - como no caso das doenças periodontais, é possível que a sua ingestão para o tratamento da periodontite tenha o benefício acrescido de prevenir outras doenças crônicas associadas a inflamações”.

Neste estudo estiveram envolvidos nove mil adultos que foram submetidos a exames bucais durante o período desse levantamento. Além disso, responderam aos questionários sobre os seus hábitos alimentares e outros fatores como o estilo de vida e história familiar.

Depois de cruzarem os dados, os investigadores verificaram que “o consumo de ômega 3 estava inversamente relacionado com a periodontite na população norte-americana”. Do total de participantes, oito por cento tinham esta doença. No entanto, a análise dos dados mostrou que “havia uma redução de aproximadamente 20% na prevalência da doença entre aqueles que comiam mais alimentos ricos em ômega 3”.

 
Elizabeth Krall Kaye, da Universidade de Harvard, reconhece que  "a conclusão mais importante é que mesmo pequenas quantidades ômega 3 podem ser benéficas para as gengivas. Trata-se de níveis que podem ser obtidos em alimentos com alto teor destes ácidos, sem ser necessário recorrer a suplementos".

Apesar dos resultados positivos, a especialista alertou para a necessidade de mais investigação e de estudos que acompanhem os pacientes e avaliem os efeitos que o ômega 3 possa surtir na evolução da doença periodontal.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Efeitos da Coca-cola nos dentes.


Existem alguns mitos à volta da questão do efeito da Coca Cola nos dentes, um deles é a célebre experiência de colocar um osso de frango ou um dente num copo com Coca Cola. Após alguns dias, o osso ou o dente estarão desmineralizados. Em parte, o mito é verdadeiro, já que a concentração ácida da Coca Cola é suficiente para promover estragos, mas por outro lado outros fatores não são levados em consideração: a saliva contém minerais (como o cálcio e fósforo) que repõe as perdas minerais normais do esmalte dos dentes.

Mas a Coca Cola pode causar problemas nos dentes:
Erosão dental:
Com um PH bastante ácido (por volta de 2,3) um dos principais problemas causados pela Coca Cola é a erosão dos dentes, através da redução da dureza do esmalte e da dentina logo após o consumo do refrigerante, com aumento da sensibilidade dentária.
Cáries:
Qualquer carboidrato fermentável contido nos alimento interage com as bactérias da placa dentária, gerando um ácido que retira minerais do esmalte dos dentes. Se esse processo de desmineralização não for controlado, o dente desenvolverá
cáries. A quantidade de açúcar presente na coca cola é de 21 gramas por cada 200 ml da bebida.
Manchas:
Outro mito que circula por aí é o efeito de
clareamento dos dentes que o ácido cítrico presente na Coca Cola pode promover. Neste caso, é completamente infundado, já que os pigmentos presentes na coca cola podem causar manchas nos dentes difíceis de remover. Os pequenos microporos criados no esmalte dentário decorrentes do desgaste é que são os responsáveis pelo acumulo destes pigmentos, provocando alterações na tonalidade dos dentes.
O consumo excessivo de Coca Cola também pode causar outros problemas no organismo que vão afetar a saúde oral, como úlceras gástricas, diabetes e outras patologias.
Muito mais poderia ser dito, mas estou morrendo de sede e vou sair para beber uma Coca Cola.