sexta-feira, 29 de abril de 2011

Mitos e Verdades sobre a escovação dentária.


Se existe uma questão polêmica da odontologia, especialmente sob o ponto de vista clinico e da informação de utilidade pública, é a questão da escovação dentária.

A questão conceitual é a mais preocupante, uma vez que muitas pessoas tratam a escovação como sinônimo de higiene bucal. Isso colabora para o reforço em negligenciar o uso do fio dental ou de outros recursos destinados a higienização dos espaços dentários - caso das escovas interdentais.

Pacientes e meios de comunicação devem entender que só podemos falar em promoção de saúde através da boca, para pacientes que valorizam a limpeza dos espaços entre dentes, tanto quanto a escovação das suas faces livres.

Outra questão a ser revista é a da massagem gengival, cientificamente reconhecida como inoperante e potencialmente traumatizante ao colo dentário exposto e as gengivas que contornam os dentes. Essa simples observação é suficiente para contra- indicar escovas com cerdas plásticas ou emborrachadas, destinadas a esse objetivo de estímulo gengival pela massagem.

Para que uma higiene bucal alcance suas metas, não se deve esquecer da língua. Nesse sentido, os limpadores linguais aparentam maior eficiência do que a oferecida pelas retenções acopladas as cabeças de determinadas es covas dentárias comuns.

Valorizar esses detalhes pode cooperar com a seleção de escovas e recursos de higiene bucal mais eficazes. Isso fará com que a pesquisa recente do MIT, em Boston, confirme as expectativas da grande maioria dos entrevistados que escolheram a escova de dentes, como a maior invenção do homem até o século XX.


Saiba quais são as principais causas do câncer de boca e aprenda a se prevenir.



Em 2010, 580 novos casos de câncer de boca foram diagnosticados em Pernambuco pelo Instituto Nacional de Câncer. Este tipo da doença é o 5º tipo que mais mata entre os homens e o 7º entre as mulheres. As causas mais comuns do seu desenvolvimento são a falta de higiene e as próteses velhas que machucam a boca.

No Recife, o serviço odontológico do Hospital do Câncer oferece, gratuitamente, a prevenção para este tipo de câncer. As dentistas Aurora Karla Vidal e Eliane Revoredo, que trabalham no local, explicam como fazer o auto-exame em casa. “De frente para o espelho, a pessoa deve verificar se há nódulos, lados diferentes, retirar próteses, lavar boca e examinar toda a boca, bochechas, alteração de cor, forma, tamanho e volume”, ensinam as dentistas.

“É muito importante prevenir e observar aquelas alterações de volume, aftas que não cicatrizam. Muitas vezes não é nada sério, mas se for câncer, o cuidado no inicio ajuda no tratamento”, explicou Aurora Vidal. 

Além da falta de higiene e machucados causados por próteses velhas, fumo, bebida alcoólica, sol, vírus, fungos e bactérias estão entre os desencadeadores do câncer de boca. “Se a doença se desenvolve, as consequências podem causar grandes destruições, como a perda de partes da face, orelha, maxilar, nariz e até olhos”, afirmou Eleane Revoredo. De acordo com ela, o paciente ainda pode ter a alimentação prejudicada e a fala alterada.

Peixe: Um alimento para dentes e gengivas saudáveis.

                     Dieta rica em ômega 3 pode ajudar a prevenir a periodontite


Investigadores americanos verificaram que uma dieta rica em ômega 3 – presentes em alguns peixes, marisco e frutas secas, por exemplo – pode auxiliar o controle e a prevenção da periodontite, uma doença inflamatória que atinge os tecidos de suporte do dente, a gengiva, o osso e os ligamentos do dente.

Os tratamentos disponíveis para essa doença consistem no combate à infecção bacteriana. “O tratamento tradicional da doença periodontal tem envolvido principalmente a limpeza dentária e, eventualmente, a associação com antibióticos. Portanto, a terapia dietética, se for eficaz, pode ser mais um método barato e seguro para a sua prevenção e tratamento”, é a opinião de Asghar Naqvi, um dos autores do estudo realizado na Universidade de Harvard.

Além disso, o investigador destaca que “diante das evidências da ação do ômega 3 nas doenças inflamatórias crônicas - como no caso das doenças periodontais, é possível que a sua ingestão para o tratamento da periodontite tenha o benefício acrescido de prevenir outras doenças crônicas associadas a inflamações”.

Neste estudo estiveram envolvidos nove mil adultos que foram submetidos a exames bucais durante o período desse levantamento. Além disso, responderam aos questionários sobre os seus hábitos alimentares e outros fatores como o estilo de vida e história familiar.

Depois de cruzarem os dados, os investigadores verificaram que “o consumo de ômega 3 estava inversamente relacionado com a periodontite na população norte-americana”. Do total de participantes, oito por cento tinham esta doença. No entanto, a análise dos dados mostrou que “havia uma redução de aproximadamente 20% na prevalência da doença entre aqueles que comiam mais alimentos ricos em ômega 3”.

 
Elizabeth Krall Kaye, da Universidade de Harvard, reconhece que  "a conclusão mais importante é que mesmo pequenas quantidades ômega 3 podem ser benéficas para as gengivas. Trata-se de níveis que podem ser obtidos em alimentos com alto teor destes ácidos, sem ser necessário recorrer a suplementos".

Apesar dos resultados positivos, a especialista alertou para a necessidade de mais investigação e de estudos que acompanhem os pacientes e avaliem os efeitos que o ômega 3 possa surtir na evolução da doença periodontal.